Doença arterial coronariana: atenção com os sintomas e fatores de risco

Evitar os fatores de risco é a melhor forma de prevenir a doença, que é potencialmente prejudicial

 

Idade, tabagismo, diabetes, hipertensão, sedentarismo, obesidade e alteração nos níveis de colesterol e triglicerídeos (dislipidemia), são graves fatores de risco para algumas doenças, dentre elas a doença arterial coronariana (DAC), causada pelo acúmulo de gordura dentro das artérias, e potencialmente prejudicial, que se caracteriza pelo fornecimento inadequado de sangue até o músculo cardíaco.

De acordo com o cardiologista Joberto Sena, especialista em cardiologia intervencionista e terapia intensiva, a primeira manifestação da DAC, infelizmente, pode ser morte súbita, geralmente associada a um infarto agudo do miocárdio. “A DAC também pode levar ao desenvolvimento de um quadro de insuficiência cardíaca”, explica o médico. Por isso, alerta ele, é necessário fazer prevenção, evitando os fatores de risco.

Outras patologias cardiovasculares que podem ocorrer em consequência da DAC são a síndrome coronariana crônica, e a síndrome coronariana aguda com supra de ST e sem supra de ST (infarto agudo do miocárdio e angina instável).

 

Os principais sintomas

• Dor torácica, geralmente descrita como "dor no peito", com possibilidade de irradiação para o braço esquerdo, mandibula, dorso ou mesmo ambos os braços

• Náuseas e/ou vômitos

• Sudorese fria

• Falta de ar

• Palpitações

De acordo com o médico, diante desses sintomas a pessoa não deve negligenciar ou minimizar, ou mesmo correlacionar com outras patologias. "O adequado esclarecimento dos sintomas deverá ser feito por um médico, e as devidas condutas tomadas de forma apropriada”, reforça o cardiologista.

O médico explica que os sintomas podem ocorrer mediante algum esforço, mas também em repouso. Há possibilidade de apresentações atípicas de dor, por isso, pessoas que tenham fatores de risco devem ficar atentos a qualquer desconforto torácico, e deverão ser avaliados de forma apropriada por um médico.

 

Fatores que podem melhorar ou piorar a dor

A dor, geralmente, pode melhorar com o repouso e o uso de medicamentos específicos. A avaliação por uma equipe médica é fundamental para o atendimento correto. “Na doença estável - ou a síndrome coronariana crônica -, o manejo adequado do tratamento medicamentoso otimizado é capaz de promover excelentes resultados clínicos, com melhora da qualidade de vida e sobrevida também. Mas é importante uma decisão de estratégias que deverá ser realizada pelo cardiologista, levando em consideração características de cada caso”, orienta Dr. Joberto.

 

Sinais que indicam gravidade

Sintomas como cansaço progressivo, ou em repouso, e dor torácica progressiva, com progressão dos esforços mais significativos para os menores esforços, ou mesmo em repouso, merecem cuidado.

O cardiologista explica que toda dor de início agudo na região torácica precisa de muita atenção e uma adequada avaliação, para que sejam excluídas doenças que possam levar ao óbito. “Muitos diagnósticos podem ser rapidamente realizados e o tratamento adequado instituído”, orienta o médico.

 

 

A importância da prevenção

Dr. Joberto reforça que a melhor forma de tratamento para DAC é realizar a prevenção. "Há fatores de risco que são modificáveis, e que devem ser objeto de controle, pois contribuem de forma significativa para redução de DAC", orienta. 

Os fatores de risco que podem ser modificados, são: 

• O controle do colesterol pode reduzir o risco de infarto em 33%

• O controle da pressão arterial pode reduzir o risco de infarto em 15%

• Parar de fumar pode reduzir o risco de infarto em 50%

• Perder peso pode reduzir o risco de diabetes em 25%,

• E é preciso praticar atividade física regularmente, “pelo menos 30 minutos por dia”, orienta o médico

 

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