O esgotamento nervoso não é reconhecido como  uma doença, no entanto, segundo relatório da Previdência Social, nos últimos anos foram gerados mais de 72 mil auxílios-doença causados por esse tipo de transtorno, diretamente ligado a fatores psicológicos, como ansiedade e depressão.

Este transtorno é um sinal de que as coisas não estão bem e de que é preciso procurar ajuda. Geralmente, os sintomas surgem quando existe excesso de estresse, impedindo o funcionamento mental. Segundo os especialistas, o surgimento do esgotamento nervoso pode estar associado à Síndrome de Burnout, característica desencadeada devido a situações de muito estresse profissional.

Porém, as causas podem estar relacionadas a outros fatores, como transtornos mentais, e até fatores genéticos. Mas isso não significa que não se possam desenvolver estratégias para enfrentar o problema. Existe ajuda especializada para isso.

 

Quando procurar ajuda

Níveis de estresse muito elevados, a ponto de desencadear sintomas físicos e psíquicos, compromete a capacidade de resposta a demandas cotidianas, como atividades de lazer, brincar com os filhos, praticar atividade física, gerenciar adequadamente as prioridades no ambiente de trabalho, além de várias outras situações. Se não tratado adequadamente, o esgotamento físico e mental pode se agravar e se transformar em estresse crônico.

Portanto, é importante estar atento ao funcionamento do próprio organismo e valorizar os sinais e sintomas que o corpo apresenta, procurando realizar os ajustes necessários antes que haja agravamento significativo.

Psicólogos e terapeutas ocupacionais podem ser procurados para estabelecer uma primeira suspeita, mas o diagnóstico formal deve ser com um psiquiatra, para que sejam afastadas outras possibilidades.

O tratamento imediato vai incluir medidas para alívio dos sintomas, normalmente com afastamento temporário do evento causador ou associado ao quadro, e também pode incluir o uso de medicação para o restabelecimento físico e psíquico, além de psicoterapia, fundamental para trabalhar possíveis estratégias para lidar com as emoções. Além disso, pode ser importante promover mudanças no estilo de vida.

 

Os sintomas

Geralmente começa com a sensação de esgotamento físico e emocional, associados a pensamentos e atitudes negativas. Os sintomas mais comuns são:

• Agressividade e irritabilidade

• Mudança brusca de humor

• Isolamento e baixa autoestima

• Dificuldade de concentração e lapsos de memória

• Dor de cabeça e enxaqueca

• Cansaço

• Sudorese

• Dores musculares

• Insônia

• Taquicardia

• Aumento da pressão arterial

• Sobressaltos

 

Segundo os especialistas, o melhor meio para prevenção é sempre buscar estabelecer limites em sua vida. Todo excesso pode causar um esgotamento.

Algumas dicas:

• Se exercitar ou realizar alguma atividade física regularmente, como ir à academia ou praticar algum esporte

• Fazer meditação, acupuntura, yoga e outras terapias – é importante para melhorar qualidade de vida

• Evitar cargas de trabalho muito elevadas

• Respeitar a necessidade fisiológica do sono

• Quando perceber que as coisas não estão bem, procurar um especialista para realizar um tratamento de reconhecimento

 

 

Fonte consultada: Clínica psiquiátrica Holiste (psicólogo Ueliton Pereira Filho e psiquiatra Paula Dione).

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